Movimento afetou o transporte coletivo em Araçatuba nesta segunda-feira; empresa alega dificuldades financeiras e aguarda novo repasse da Prefeitura
O transporte coletivo urbano de Araçatuba sofreu interrupções nesta segunda-feira (14), após motoristas da TUA (Transportes Urbanos Araçatuba) realizarem uma paralisação parcial em protesto contra o atraso nos salários. O movimento, que durou cerca de duas horas, aconteceu no horário de maior demanda e causou transtornos a passageiros em diferentes linhas da cidade.
Segundo o sindicato da categoria, os profissionais estão em estado de greve e uma paralisação total pode ser deflagrada ainda nesta semana, caso os pagamentos pendentes não sejam quitados em até 72 horas.
Empresa alega falta de recursos
De acordo com relatos dos trabalhadores, havia um compromisso para que os salários fossem pagos em duas partes — uma na sexta-feira (11) e outra nesta segunda-feira (14). No entanto, apenas parte do valor foi depositada até o momento. A empresa informou que priorizou a compra de combustível para manter os veículos circulando, diante da ausência de recursos suficientes para cobrir toda a folha salarial.
A TUA reforçou que depende dos repasses mensais da Prefeitura para manter as operações. O último repasse, de R$ 200 mil, foi feito no início de março. Nesta segunda-feira (14), a Câmara Municipal tem em pauta um projeto de lei que prevê o aumento da subvenção para R$ 450 mil mensais. A proposta inclui R$ 150 mil advindos da antecipação de verbas do Legislativo, com os R$ 300 mil restantes arcados pela administração municipal.
A expectativa da empresa é que, com a aprovação da medida, os recursos possam ser utilizados prioritariamente para regularizar os pagamentos dos funcionários e assegurar o funcionamento do sistema.
Prefeitura adota posição neutra
Procurada, a Prefeitura de Araçatuba afirmou que a questão é de natureza trabalhista entre a concessionária e os motoristas, e que não foi previamente informada sobre a paralisação. Também não há, segundo nota oficial, um plano emergencial para garantir atendimento mínimo à população nem tratativas para mediar o impasse.